quinta-feira, 3 de julho de 2014

REFLEXÃO FINAL

Ao longo desse estágio vivemos e aprendemos muitas coisas das quais fica difícil escolher um destaque. Nesse semestre ao atender na Unidade Vila Jardim, mesmo que por poucos dias, pude conhecer um pouco sobre o dia a dia do dentista da unidade, a forma como devemos abordar o paciente, como deve ser feita a anamnese e preenchimento de prontuário, que difere do modelo que seguimos na Universidade. Além disso, nesses dias,vivenciei situações que me permitiram a adaptação com instrumentos e materiais diferentes dos que usamos na PUCRS e que são oferecidos no local. Confesso que fiquei um pouco desapontada com fato de não ter atendido mais pacientes lá, devido a recorrente falta dos mesmos às consultas nessa unidade, o que lamento muito, pois cada paciente é um aprendizado a mais.
Quando questionada sobre qual foi o meu maior aprendizado, escolho a vivência na escola, onde fiquei por mais tempo durante esse semestre e pude acompanhar de perto como funciona o programa de saúde na escola. Na Escola Estadual Monsenhor Leopoldo Hoff tivemos a oportunidade de não sermos apenas figurantes, juntamente com a professora, planejamos as atividades que seriam desempenhadas e , o mais importe, as colocamos em prática. Nesse cenário, cumprimos nosso papel de dentistas e educadores, tentando passar um pouco do nosso conhecimento, numa linguagem simplificada e adequada às crianças.


Se eu tive nenhum arrependimento durante esse período ? O QUE EU NÃO GOSTARIA DE VIVER NOVAMENTE ? 

 Bom, não tem algo que eu não gostaria de viver novamente, pois cada momento, cada vivência, mesmo que com algumas adversidades, serviram para eu aprender: a desempenhar certas atividades melhor,a desempenhar de outras formas meu trabalho,a lidar com situações novas, enfim, aprender que sempre é possível melhorar. E arrependimentos, não tenho nenhum.
E para finalizar, gostaria de agradecer aos professores e ao grupo de colegas que trabalharam comigo durante o semestre pela parceria, porque se sentir bem no grupo ao qual se integra, eu diria, é fundamental para atingir com prazer e com êxito os nossos objetivos.








NOS CENÁRIOS DA PRÁTICA



       Em um dos dias de atendimento da Unidade Vila Jardim, um rapaz foi atendido pelo nosso grupo e foi necessário encaminhá-lo para Centro de Especialidades Odontológicas (CEO). Por isso, resolvi acrescentar no portfólio os critérios de referência para o CEO, que foram pesquisados no Caderno de Atenção Básica, nº 17: Saúde Bucal.


  • Definir critérios de priorização de encaminhamento, pactuando-os com a comunidade e Conselhos Regionais e Locais de Saúde
  • Encaminhar, preferencialmente, pacientes em tratamento nas Unidades Básicas de Saúde, nas Unidades de Saúde da Família ou referenciados de outros Centros de  Especialidades ou Hospitais.
  • O usuário deve ser encaminhado com eliminação da dor e com ações realizadas para controle da infecção bucal (adequação do meio bucal, terapia periodontal básica remoção dos focos de infecção e selamento provisório das cavidades de cárie).
  • Os casos de urgência deve ser solucionados nas Unidades Básicas ou no Pronto Atendimento.
  • O agendamento deve ser realizado respeitando os critérios de cada município e da gerência do CEO.
  • O encaminhamento deverá ser feito por meio de formulários de referência/contrareferência, acompanhados ou não de exames complementares e radiografias.
  • Após o término do tratamento, o paciente será encaminhado para a unidade de saúde de origem para conclusão do tratamento e manutenção, com o formulário de contra-referência devidamente preenchido onde conste a identificação do profissional, diagnóstico e tratamento realizados.
  • Os casos de falta do paciente às consultas nos Centros de Especialidades Odontológicas bem como outras questões administrativas, serão de competência das gerências administrativas dos CEO de cada localidade.
  • Os serviços municipais, estaduais ou de consórcios intermunicipais, sempre que possível, deverão formalizar o encaminhamento entre as Unidades de Atenção Básica e os Centros de Especialidades, criando formulários de referência e contra-referência.
  • As necessidades encaminhadas que incluam duas ou mais especialidades para sua resolução devem ser resolvidas por meio de inter-consultas no CEO. Ex: aumento de coroa clínica prévia ao tratamento endodôntico, cirurgia pré-protética.
  • Pacientes com estado de saúde geral que comprometa o tratamento odontológico devem primeiramente ser estabilizados na Unidade Básica de Saúde para posterior encaminhamento.
  • O acesso aos serviços especializados não ofertados regularmente pela rede será objeto de avaliação pelo gestor quanto à possibilidade de sua oferta, sendo ainda, decorrência de pactuação local.



LEITURA COMPLEMENTAR

SAÚDE DA CRIANÇA: Nutrição Infantil, Aleitamento Materno e Alimentação Complementar

Considerações sobre a parte de aleitamento materno:


         O aleitamento materno contribui para a formação do vínculo afetivo e proteção entre mãe e filho. Nessa fase da vida,é a forma mais eficiente de nutrição para a criança e constitui a forma mais econômica e eficaz para a redução da mortalidade infantil.
Estudos sugerem que a duração da amamentação seja de dois a três anos. O aleitamento materno é importante, por contribuir na defesa do organismo da criança, evitando diarreias e infecções respiratórias, diminui risco de alergias, diminui risco de hipertensão, diabetes e colesterol alto, reduz chance de obesidade, melhor nutrição, efeito positivo na inteligência, melhor desenvolvimento da cavidade bucal, proteção contra câncer de mama, menos custos financeiros, promoção do vínculo afetivo entre mãe e filho e melhor qualidade de vida.
 É cientificamente comprovado a superioridade da amamentação sobre outra formas de nutrição para a criança, entretanto, apesar de esforços para mudar essa condição, o Brasil apresenta índices baixos em se tratando do aleitamento materno. O profissional da saúde tem papel fundamental na reversão desse quadro, mas para isso, deve ter um olhar abrangente sobre o indivíduo, levando em consideração os aspectos emocionais, estrutura e cultura familiar, entre outros fatores. 
Tais considerações que fizeram parte sempre das nossas discussões e reflexões em sala de aula, nesse estágio e nas outras cadeiras de saúde coletiva, onde nos damos conta de que esse tipo de abordagem é fundamental para alcançar o objetivo do trabalho que pretendemos desenvolver.

















quinta-feira, 29 de maio de 2014

OITAVO DIA DE ESTÁGIO

NOS CENÁRIOS DA PRÁTICA ...

Ações em saúde coletiva – E.E. Monsenhor Leopoldo Hoff


- aplicação tópica de flúor

- ART - foi feita nos alunos que apresentavam lesão de cárie. Os materiais utilizados: curetas e ionômero de vidro para restauração.



Planejamento das ações de saúde nas escolas 


- Após a escolha da escola, deve-se entrar em contato com os dirigentes da escola para agendar as visitas. Cabe ao cirurgião dentista fazer o exame epidemiológico para identificar as necessidades das crianças, encaminhando-as pra unidade quando necessário.

Deverá ser feito a evidenciação de placa bacteriana, escovação supervisionada e aplicação tópica de flúor o,2%. 

- Deve-se fazer o planejamento de atividades pedagógicas que falem sobre hábitos saudáveis, formação de placa bacteriana, cárie, doença periodontal, noções gerais sobre anatomia da boca e função dos dentes.



    ''O tratamento clínico fica a cargo de cirurgiões-dentistas e THDs (técnicos em higiene dental), estes com supervisão do cirurgião-dentista. As ações coletivas de saúde bucal devem ser feitas, preferencialmente, pelo THD (técnico em higiene dental), pelo ACD (atendente de consultório dentário) e pelo ACS (agente comunitário de saúde), sendo da competência do cirurgião-dentista o planejamento, organização, supervisão e avaliação dessas ações (VASCONCELOS, 2001).''


http://dab.saude.gov.br/docs/publicacoes/cadernos_ab/abcad24.pdf



PRATICAR E REFLETIR




Ações em saúde coletiva – E.E. Monsenhor Leopoldo Hoff


- Aplicação tópica de flúor

- ART 


Reflexões



A partir desse estágio aprendi a importância de avaliar o indivíduo como um todo, levando em consideração os hábitos desse paciente, o ambiente familiar, fatores psicológicos, grau de informação, saúde sistêmica desse paciente, entre outros fatores. O contato direto com a prática do Sistema Único de Saúde, despertou em mim, a vontade de fazer a diferença e não apenas criticar as falhas de gestão que possui, pois , infelizmente, muitos dos problemas desse sistema estão nos profissionais que se valem da falta de recursos para não desempenhar o trabalho da melhor forma.

A odontologia minimamente invasiva preconiza a preservação do tecido dentário, optando por tratamentos que envolvam o mínimo desgaste possível ou nenhum do dente. Na escola tivemos a oportunidade de por em prática esse conceito, ao fazermos restauração atraumática nos dentes de algumas crianças.
Na minha opinião, na hora de escolhermos o melhor tratamento e o menos invasivo possível para o paciente, devemos levar em consideração os hábitos, contexto social e familiar o qual esse individuo pertence. Não adianta simplesmente querermos preservar a estrutura dentária do individuo, sem fazermos um trabalho de prevenção e educação. Se optarmos por um tratamento conservador, deveremos orientar esse paciente sobre os cuidados com escovação e alimentação, uso de flúor e que ele deverá fazer visitas periódicas ao dentista. É importante observar a dentição, se é um dente permanente ou decíduo.
Opções de tratamentos minimamente invasivos – aplicação de flúor, ART e tratamento expectante em lesões de cáries profundas.
Não adianta querermos fazer o tratamento restaurador atraumático nas crianças, visando apenas a nossa prática e aprendizado pessoal, sem exercermos nosso papel como educadores, criando atividades pedagógicas que informem e conscientizem as crianças da importância do cuidado com a saúde

SÉTIMO DIA DE ESTÁGIO

CONSIDERAÇÕES SOBRE O ARTIGO  :


A visita domiciliária na estratégia de saúde da família: conhecendo as percepções das famílias



     A visita domiciliar é uma das ações que pode facilitar a compreensão e o cuidado às famílias atendidas ao propiciar o conhecimento de seus modos de vida, crenças, cultura e padrões de comportamento, permitindo incorporar tecnologias leves no cuidado, como humanização.
    A visita domiciliar na ESF é um importante instrumento para a prestação de assistência no domicílio, entretanto, o processo de adentrar o domicílio das famílias requer preparo acerca das concepções de espaço público e privado das famílias atendidas e dos profissionais de saúde, de modo que possa contribuir para a efetivação das premissas de assistência e promoção de saúde adotadas pelo SUS no Brasil.
     A VD enquanto ferramenta de assistência à saúde objetiva também orientar, educar, reabilitar e fornecer subsídios para que as famílias atendidas tenham condições de se tornarem autônomas e corresponsáveis no cuidado à saúde. Para que isso efetivamente ocorra, é relevante que exista um processo de interação e comunicação horizontal entre os profissionais de saúde e as famílias, em que os sujeitos interajam da mesma maneira e intensidade, e que as representações das mesmas acerca do processo saúde-doença sejam consideradas no planejamento, organização, execução e avaliação das ações promotoras de saúde.


quarta-feira, 23 de abril de 2014

SEXTO DIA DE ESTÁGIO

NOS CENÁRIOS DA PRÁTICA ...


Ações em saúde coletiva – E.E. Monsenhor Leopoldo Hoff

  • Continuação da escovação supervisionada e aplicação tópica de flúor


  • Leitura do Guia de Fluoretos  

O uso de fluoretos permite a precipitação de fluorapatita quando há queda do pH da cavidade bucal. Assim, quando há dissolução a Hidroxiapatita, devido a queda de ph, há ao mesmo tempo a precipitação de FA, contrabalanceando a perda mineral dos dentes, evitando ou retardando o aparecimento de lesões cariosas.
  • Meios coletivos do uso de flúor – água de abastecimento público, dentifrícios, escovação dental supervisionada, enxaguatórios bucais e géis.
  • Meios individuais do uso de flúor – bochechos de NAF 0,05, suplementos para o uso individual na gestação e infância, vernizes, materiais dentários liberadores de flúor.
Na escola fizemos aplicação utilizando flúor gel - técnica: deve ser aplicado pelo profissional, gel flúor-fosfato acidulado com concentração de 1,23 % ,  aplicação durante 1 minuto e deve-se recomendar não beber água ou comer por 30 minutos.